“Quero ser grande, mas não deixam!”- Por Mário Machado Júnior
Desde que eu me entendo por gente que leio, ouço e insistem no Brasil como o país do futuro.
Desde a mais tenra idade que olho para frente, para o futuro e vejo muitas coisas, mesmo sem ser vidente, é evidente, e busco onde estaria este Brasil do futuro e, sinceramente, nunca consegui ver. Avançamos em algumas coisas, porem em outras continuamos estagnados e impressionantemente absortos olhando para o próprio umbigo.
Não vejo o “novo” governo como salvação de lavoura, muito pelo contrário, ele vai ter é muito trabalho principalmente para consertar os desmandos da sua antecessora, porem justiça seja feita, em uma semana já fez mais do que a outra em 6 anos e 5 meses.
Enquanto poucos detêm muito e muitos detêm pouco ou quase nada, o processo de equilíbrio necessário para se chegar ao bem maior será longo e definitivamente sem esperança.
Lembro-me com alegria e satisfação que mesmo não tendo chegado ao tal futuro almejado, nossos pais sempre nos norteou e nunca nos tolheram, pelo contrário deram sempre a liberdade vigiada, típica dos pais, para que crescêssemos e pudéssemos desfrutar do chamado aprendizado e erro, aprendizado e acerto. Erramos muito, mas aprendemos um monte.
Sempre me perguntaram o que eu queria ser quando eu fosse grande, as respostas variavam conforme a idade, mas que chegaram a um bom termo quando atinge a idade do vestibular e não vacilei em minha decisão, que considero um caso de aprendizagem e acerto. Não foi fácil, pois me formei sem um pai para ver a minha conquista e uma mãe em coma que sequer pode comparecer ao ato. Mas acertei, e não me arrependo.
O Brasil quer ser grande, não mais como país do futuro, mas por suas próprias condições, razões e méritos porem não deixam, nunca deixaram e continuam não deixando. O Brasil se assemelha a uma criança ou a um portador de necessidades especiais que conforme o caso tem que ser tutelado ou curatelado, o suprassumo do absurdo, da vergonha e do medo.
Nenhum governo que passou pelo palácio do planalto até hoje teve a magnanimidade de dar asas a este país e, ao contrário, sempre o espoliaram, roubaram, enganaram, humilharam nacional e internacionalmente. Vergonha!
O Brasil e os brasileiros querem ser grandes, se deixarem, se lhes derem a liberdade que precisam e merecem, sem tutela, sem curatela, sem interferências. O caminho é longo, mas é possível, plausível, táctil, verdadeiro.
BRASIL, NÃO QUERO TE VER NO FUTURO, TU JÁ ÉS O FUTURO!