Salsicha e mortadela não são recomendados depois da operação “Carne fraca”
O Secretário executivo do ministério da agricultura Eumar Novacki concedeu uma entrevista coletiva na tarde dessa sexta-feira (17) falando das investigações que culminaram na Operação “Carne Fraca”, deflagrada hoje de manhã pela Polícia Federal (PF) em três estados: Paraná, Goiás e Minas Gerais, onde descobriram que os frigoríficos envolvidos no esquema criminoso “maquiavam” carnes vencidas com ácido ascórbico e as reembalavam para conseguir vendê-las. As empresas, então, subornavam fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para que autorizassem a comercialização do produto sem a devida fiscalização. A carne imprópria para consumo era destinada tanto ao mercado interno quanto à exportação.
Algumas das maiores empresas do ramo alimentício do país estão na mira da operação, entre as quais a JBS, dona de marcas como Big Frango e Seara, e a BRF, detentora das marcas Sadia e Perdigão. A Justiça Federal no Paraná (JFPR) determinou o bloqueio de R$ 1 bilhão das empresas investigadas, que também são alvo de parte dos mandados de prisão preventiva, condução coercitiva e busca e apreensão expedidos pela 14ª Vara Federal de Curitiba.
Por conta da operação ” Carne Fraca” o secretário executivo do Ministério da Agricultura Eumar Novacki falou que o mais prudente seria evitar o consumo principalmente de salsichas e mortadelas.
De acordo com o ministério, o esquema fraudou mortadela, salsicha e carne de aves. Além disso, há suspeita de fraudes em carne bovina e em rações para animais.
Um receio muito grande é que os Estados Unidos e Europa fechem os mercados para o Brasil.