DENUNCIE: Por Mário Machado
X9, delator, colaborador, alcagüete, dedo-duro, lingua-frouxa, tagarela, estes são só alguns dos nomes dados aquelas pessoas que entregam outras, que delatam outras pessoas.
Dentro da criminalidade não pode haver crime maior.
Dentro do processo eleitoral que é sobre o que eu estou escrevendo esta semana para vocês, a consideração ha de ser outra, pois a pessoa que denunciar as falcatruas dos candidatos e dos partidos, não merece os apelidos expostos no primeiro parágrafo. Estas pessoas devem e merecem serem conhecidas como CIDADÃOS!
Em todos os meus anos como eleitor já vi muitas coisas que os candidatos são capazes de fazer para obter o voto do eleitor: de dentadura a cirurgias; de cestas-básicas a caixas-d’água; de santinhos a pôsteres; de camisetas a blocos de tijolos. A lista é interminável.
Mas quem é o corruptor e quem é o corrompido? E vice-versa? Em verdade o eleitor e o candidato se confundem nas duas esferas, nos dois pólos.
Sou ingênuo ao pensar que, uma simples coluna, em um site, vá mudar uma cultura, uma filosofia tão antiga quanto o nosso país. Quando as caravelas aqui aportaram, os primeiros eleitores, os “índios”, foram comprados com badulaques para “elegerem” os descobridores e lhes darem os nossos tesouros. Hoje em dia este tesouro é o voto e, como conseqüência, a chave do nosso tesouro atual, o dinheiro público. Qual a diferença de tempo? Nenhuma!
Contra estes absurdos temos dois remédios muito eficazes: o primeiro NÃO SE VENDER EM HIPÓTESE ALGUMA; o segundo DENUNCIAR!
No período eleitoral além da polícia, de modo geral, temos também os juízes eleitorais, o Ministério Publico Eleitoral e os partidos políticos (aliás são os que mais gostam de denuncias contra seus adversários), sem esquecer da mais importante de todas, A IMPRENSA!
Temos que denunciar, não podemos nos calar ante a corrupção eleitoral, pois se nada fizermos, nada mudaremos. A cultura da corrupção eleitoral tem que ser banida dos nossos meios, assim como a corrupção maior.
A denuncia é arma do eleitor contra o péssimo candidato. Acabar com a corrupção eleitoral é uma forma de prepararmos o caminho para as futuras gerações terem uma chance.
Para que o mal prevaleça basta que ninguém faça nada. A omissão é mais criminosa do que a ação. DENUNCIE!
Vamos deixar o tempo NOVO falar?
“Nunca é tarde demais para começar tudo de NOVO.” Raul Seixas
#EM2018EUreNOVO