Ninguém quer largar o osso: Por Mário Machado Júnior

“Lorde John Acton, um historiador liberal inglês do século XIX, deixou uma frase que é muito citada, só que de forma errada. Geralmente se cita assim: “o poder corrompe, portanto, o poder absoluto corrompe de maneira absoluta”. Só que não foi isso o que ele escreveu. Disse Acton: “o poder tende a corromper; o poder absoluto corrompe de maneira absoluta (absolutely). Os grandes homens quase sempre são homens maus”. Notem a diferença: não é que o poder sempre corrompa. O poder tem uma tendência, inerente a ele, de corromper. Mas uma tendência pode ser detida, contida e limitada. Já o poder absoluto, sim, corrompe sempre e absolutamente. No caso dele, a tendência se converteu em realidade. Para usar a linguagem aristotélica, diríamos que a potência passou ao ato, isto é, aquilo que poderia suceder acabou sucedendo, a possibilidade realizou-se de maneira plena.” Renato Janine Ribeiro

Partindo do ensinamento do Professor Janine, ex-ministro da Educação do governo impichado, podemos com total tranquilidade entender a briga que se armou entre o judiciário e o legislativo e prova que os homens são maus mesmo, não tem jeito.

Engraçado que quando aprendi sobre os poderes, a tripartição, a independência e ate o respeito, sempre mantive a ilusão de que o Supremo era o máximo do nosso judiciário e do nosso país. Como diz um velho conhecido, “LEDO ENGANO”

O Senado ignorar, ou pior, não respeitar a decisão monocrática de um Ministro do STF é no mínimo preocupante e o que me faz preguntar, não juridicamente, o que vem por ai? E não é só o que o Supremo irá decidir hoje, mas ao que nós simples e pobres mortais iremos ver e sofrer com mandos e desmandos.

O poder é uma droga altamente inebriante e parece que aqueles que provam do gostinho ficam loucos, completamente desvairados, e no caso de nosso país sem, sem a simples analise do complexo de vira-lata, mas de republiqueta de bananas como costumavam nos apelidar antigamente, vemos que ninguém, mas ninguém mesmo quer largar o osso.

É triste convivermos com seres que fomos por nós ou pelos outros eleitos e fazem do nosso país um verdadeiro bordel

O osso deve ser bom demais para ninguém querer largar… 

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