Penso, existo! Falo, insisto! Por Mário Machado Júnior
Rene Descartes teria cunhado a expressão: “Penso, logo existo!” marcou a visão do movimento Iluminista, colocando a razão humana como única forma de existência. Nós bem sabemos que não é bem assim, não que eu esteja discordando de Descartes, pelo contrario, quando dava aula gostava de usar o seu exemplo para fazer com que os meus alunos desenvolvessem o pensamento racional e lógico. É que Descartes não nasceu no Brasil e muito menos na virada do século XX para o XXI.
Seria o homo sapiens o suprassumo da evolução em relação aos outros seres por força única e exclusiva dele “pensar”? E quando ele não pensa e fala? Qual a sua classificação entre as espécies? E quando ele não pensa e age de forma abrupta, até ignorante e selvagem, nova categoria? E se ele for militante politico em pleno século XXI no Brasil, seja de um lado, seja do outro, mais uma classificação, ou seria desclassificação ou ainda desqualificação?
Pensar não é prerrogativa de existência, pois muitos pensam e no fim não existem.
Há muitos anos ouvi de um colega advogado a seguinte frase: “A semelhança entre quem tudo sabe e quem nada sabe é que no fundo nenhum dos dois sabe absolutamente nada.” Com isso quero dizer que o embate que vemos em todos os assuntos que circundam o nosso universo é que temos pessoas que querem muito falar e não querem ouvir e vice versa.
É muito lindo ver as pessoas debatendo ideias, princípios, valores, pois enquanto grassamos entre as ideias é uma maravilha, porém quando a cólera e os nervos se exaltam ai fica difícil.
Como diz o titulo da coluna penso, existo! Falo, insisto! Vemos pessoas achando que pensam e ai falam insistentemente sem o mínimo respeito pela opinião alheia. A minha verdade é que é a verdade.
No fim das contas acaba que ninguém tem razão e ao mesmo tempo todos estão certos. Confuso? Veja pelo prisma simples, todos estão certos e todos estão errados ao mesmo tempo.
Como disse Arx Tourinho: “… é argumentar com princípios doutrinários, jurisprudenciais ou hermenêuticos; é usar o verbo e a inteligência, a ciência e a arte: é agir com determinação e coragem,”
Quando as discussões são em alto nível, dá gosto conversar com cérebros e não com sangue ou coração, muito menos ainda com verborragia.
Vamos conversar?
#RENOVA2018
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