Bill Cosby, condenado por abuso sexual, chegou a um acordo nesta sexta-feira (5) para resolver um processo de difamação apresentado por sete mulheres que acusaram o ex-comediante de agredi-las sexualmente e chamá-las injustamente de mentirosas quando elas tornaram as acusações públicas anos depois. Os termos do acordo não foram divulgados.

O acordo encerra uma briga judicial que precede a condenação do ator, de 81 anos, um ano atrás por drogar a agredir sexualmente Andrea Constand, uma ex-funcionária da Universidade Temple, em 2004. Atualmente, Cosby está cumprindo uma pena de 3 a 10 anos de prisão pelo crime, embora seus advogados planejem recorrer à condenação.

Ele foi a primeira celebridade condenada por comportamento sexual inapropriado desde o surgimento do movimento #MeToo, que lançou uma luz rigorosa sobre padrões generalizados de assédio ou abuso sexual em múltiplas esferas da sociedade norte-americana e pôs fim às carreiras de dezenas de homens poderosos da mídia, política e ambiente empresarial dos EUA.

O acordo inclui sete das cerca de 50 mulheres que se pronunciaram durante a última década para relatar casos de abuso sexual cometidos pelo antes amado astro da série “The Cosby Show”, que construiu uma carreira de décadas em cima de um estilo de comédia para famílias.

Todas as alegações, com exceção da de Andrea, eram muito antigas para serem alvo de um julgamento, o que fez com que as sete mulheres entrassem com um processo por difamação quando Cosby as acusou de estarem mentindo.

““Todas as requerentes estão satisfeitas com o acordo”, disseram os advogados de Cosby em documentos entregues à Corte Distrital de Springfield, Massachusetts, perto de uma das casas do ator.

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