Paulo Henrique Amorim, que morreu na última quarta-feira (10) aos 76 anos vítima de um infarto fulminante, foi homenageado hoje no Domingo Espetacular, revista eletrônica que apresentou durante 13 anos, até ser afastado pela Record, há 20 dias, apesar de seu contrato ir até 2021.
Questões políticas à parte – o jornalista era crítico ferrenho do presidente Jair Bolsonaro e defensor do ex-presidente Lula, o que teria levado à sua saída do jornalístico – a emissora dedicou 12 minutos e 45 segundos para enaltecê-lo, sem citar seu afastamento do programa.
“Essa semana o jornalismo perdeu um craque da notícia, nosso colega Paulo Henrique Amorim”, iniciou a apresentadora, Patricia Costa. “Essa morte pegou de surpresa amigos, fãs, a família, todos nós”, continuou Eduardo Ribeiro, que ocupou seu posto na apresentação do programa.
Na reportagem, o repórter Raul Dias Filho diz que é “difícil falar de alguém que deixa tanta saudade. Fácil falar de alguém que deixa tantas lembranças boas. Profissional acima da média. Que profissional. Um jornalista exigente, crítico, perfeccionista. Por traz do jornalista, um homem culto, muito bem-humorado e generoso”, elogia.
A reportagem trouxe depoimentos do zelador do prédio em que ele morava, o cabeleireiro, o melhor amigo – o jornalista Mino Carta – a camareira e a irmã, Marília, além de profissionais que já trabalharam com ele na emissora, como Chris Flores, hoje no “Fábrica de Casamentos”, no SBT. Renata Alves, uma das apresentadores do “Hoje em Dia”, chorou ao lembrar que ele se divertia ao ver as matérias dela no programa.
Ao final, Eduardo Ribeiro convidou o público a assistir no site da emissora reportagens e momentos de Amorim na Record. “Nenhum de nós vai se esquecer. Por isso nesse estúdio aqui, onde ele sempre foi professor, a nossa mais humilde e carinhosa homenagem ao Paulo e à família dele”, disse.